quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

A luta por moradia em Aparecida de Goiânia


Nos anos 80 e 90 muitos bairros surgiram de invasões: bairros como o setor Cidade Livre, Colina Azul e outros foram realocações de ocupações. Por José Oiticica


Na madruga do dia 17 de Janeiro de Janeiro foi ocupada uma obra de uma maternidade abandonada por trabalhadores sem-teto do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Tetos). A ocupação é um reflexo do grande déficit habitacional que existe em Aparecida de Goiânia e em todo estado de Goiás: cerca de 160 mil pessoas sem moradia própria. A ocupação durou cerca de uma semana e acabou após um acordo entre a direção do MTST e a prefeitura da cidade de Aparecida. Pelo acordo, os sem-teto serão cadastrados nos programas habitacionais da cidade.

Essa ocupação foi a primeira organizada pelo movimento MTST no estado de Goiás, mas não é começo da luta por moradia em Aparecida. Nos anos 80 e 90 muitos bairros surgiram de invasões: bairros como o setor Cidade Livre, Colina Azul e outros foram realocações de ocupações. Outros bairros como o setor Tiradentes e Independências Mansões também surgiram de movimentos. Todos esses bairros que surgiram de luta mostram que, muito antes da existência do Minha Casa Minha Vida, o povo já lutava e conseguia vitórias contra a falta de moradia.

Mas lutar só por moradia não basta. As invasões e os novos bairros muitas vezes tem ausência de infraestrutura básica, transporte precário, falta de escolas. Isso mostra que não só é necessário lutar pela moradia, mas manter a luta pra conseguir melhorias de fato.


José Oiticica – Lutador de Aparecida

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